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O Castelo


Havia apenas uma luz acesa.

Todo o resto era a escuridão que viria.

O homem, um viajante do tempo, caminhava errante há muitas luas atrás.

Aquela estrada não era a sua.

Estava perdido.

Ouviu o silêncio assustador dos medos noturnos.

Nenhuma estrela, nenhuma ave, nenhuma brisa.

Parou. Olhou ao redor. Estava frio.

Apenas a claridade vinha da janela solitária.

Quem estaria lá dentro?

Dentro era tão longe e ao mesmo tempo tão perto.

Por um momento quis estar naquele lugar, com a luz acolhedora.

Imerso no pensamento iluminado, ouviu uma melodia conhecida que vinha de lá.

Lá de dentro.

Alguém cantava.

Ele correu, passou pelo lago misterioso.

Continuou...

Correu feito criança, em direção a luz.

Chegou. O castelo!

Empurrou o portão pesado, entrou pelo grande pátio, subiu as escadas de pedra,

passou pelas galerias geladas.

Viu a luz por baixo de uma das portas.

A melodia de outrora ali presente agora!

Respirou fundo e abriu a porta.

Era outra vez menino, no ninho, esperando outro sonho chegar.

Rita Nasser

SP 23/04/2020



 
 
 

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