top of page

Contar Histórias e seus Pressupostos Fundamentais


Ler e contar histórias é fundamental!

Elas não podem e não devem servir só para ensinar. As histórias deveriam ser lidas e contadas para encantar apenas. 

E neste "apenas" cabe todo o mundo dentro! Rita Nasser



Você já pensou em contar histórias?


Atualmente muito se fala sobre esta arte milenar e ancestral, que vem carregada de imaginação e sentido, nos traz outras vozes, outros tempos, outras épocas e milhares de textos e intertextos, pois cada história tem muitas histórias dentro.


(...) Os contos de fadas, considerados por pais

e educadores, até muito pouco tempo como

“irreais”, “falsos” e cheios de crueldade, são,

para as crianças, o que há de mais real,

algo que lhes fala em linguagem acessível,

do que é real dentro delas. (...)


BETTELHEIM, Bruno – A Psicanálise dos Contos de Fada


Neste caminhar, todos somos narradores em potencial e cada um desenvolve seu estilo ou performance de acordo com seus talentos, questionamentos e escolhas pessoais.


As fórmulas mágicas deixaremos para o enredo da narrativa, pois neste campo não há receita pronta. Mas existem pressupostos fundamentais, que devem ser observados, aprendidos, ampliados, pesquisados e experimentados.

Há sempre aquilo que já existe e o que pode vir a acontecer durante o ato de narrar.


Esses saberes e experiências mútuas se encontram, se contemplam, se completam, se excluem também, nas formas mais variadas de apresentar uma boa narrativa.


Podemos listar inúmeros pontos importantes, porém cada narrador/contador compreende de forma particular o que se faz essencial para si, ao apresentar sua narrativa de forma individual e única.


Torna-se, portanto, imprescindível estar sempre aberto às antigas e novas leituras, dialogar sobre pontos de vista diversos, pesquisar gêneros de narrativas variados e compreender que é a palavra oral e/ou escrita que traz força, sustentação e vigor ao ato de contar.


Alguns dos pressupostos para contar histórias de forma criativa:

  • Ler e pesquisar sempre!

  • Escolher o repertório;

  • Refletir e preparar-se para contar (voz/música, corpo e movimento);

  • Experimentação;

  • Vontade de fazer melhor;

  • Buscar experiências criativas, diversificar;

  • Autocrítica positiva;

  • Contar!


É essencial também desenvolver um olhar ampliado na escuta dos seus pares, com respeito, sem julgamentos, sem competições ou preconceitos. Esse olhar nos permitirá acolher em primeiro lugar a palavra, pois é ela que conduz a narrativa de forma natural e inspiradora.


Iremos mergulhar nesse tema encantador que é contar histórias e estar em rede de histórias, entre infâncias e saberes, que habitam em nós desde sempre e para sempre.


“Se se quiser falar ao coração dos homens,

há que se contar uma história.

Dessas onde não faltem animais ou deuses e muita fantasia.

Porque é assim, suave e docemente que se despertam consciências.”


Jean de La Fontaine, século XVII


Autores inspiradores deste texto: Jean de La Fontaine, Bruno Bettelheim, Gianni Rodari.

SP – Agosto – 2020


 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

2 Comments


elisangela
Aug 31, 2021

Que texto inspirador Rita! É tão bom sentir que nos contruímos na arte da narração e da contação de histórias. 😘

Like
Rede de Histórias
Rede de Histórias
Aug 31, 2021
Replying to

Obrigada Elisangela! Que possamos inspirar outros e outras e muito mais gente com boas palavras e belas histórias. Gratidão!

Like

São Paulo, SP - Brasil | E-mail: rededehistorias@gmail.com | Tel: (11) 98620 3902

Imagens e ilustrações no site:

Unsplash | Freepik | Iconfinder

bottom of page